quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Me desculpe, viu ?!

Ora ora, meus queridos. Demorei um bocadinho mas aqui estou novamente para compartilhar o que se passa na minha humilde massa cefálica.

Como já disse antes, ainda vou escrever sobre alguma coisa ótima, supimpa, formidável, ovacionável, etc, etc, etc... Mas não hoje!


Sem mais rodeios.


Ultimamente tenho reparado um detalhezinho que muito tem me incomodado: as pessoas, simplesmente, agradecem quando "sofrem" alguma atitude honesta. Explico.

Semana passada, estava eu numa tabacaria de um garboso shopping da cidade comprando um produto que custava quatro reais. Avisei que pagaria com cartão de débito e a atendente prontamente pegou a maquininha e digitou o que é de praxe. Quando fui colocar a senha percebi que a simpática moça havia digitado o valor errado. Quatro CENTAVOS ao invés de reais. Eu, sem pestanejar, chamei-a atenção para o erro. Ela cancelou a venda, consertou, e até hoje me agradece por tê-la avisado sobre o equívoco.

Deparado com tal situação, eu disse que ela não tinha nada para me agradecer, pois, na MINHA opinião, não fiz mais do que o mínimo.

Pois muito bem. Com a constante incidência de fatos como este no meu cotidiano, parei e pensei: Que porra é essa, véi?!

As pessoas chegaram num ponto em que são capazes de agradecer, só, porque as outras não lhes tiram o que lhes pertence. Isso pode até parecer um discursozinho pequeno-políticamente-correto, mas eu acho ridículo. A deturpação de certos tipos de "valores morais" já é tão intensa que até eu estou admitindo a possibilidade de estar parecendo ser hipócrita. E o pior de tudo é que ainda tem gente que me manda "deixar de ser besta". Rapaz. Me desculpe, viu?!

Outro caso curioso que aconteceu comigo, desta vez como coadjuvante, foi na cidadezona de São Paulo. Precisamente nas mediações da lendária Avenida 25 de Março. Estava eu caminhando acompanhado de duas pessoas muito ligadas à mim (as quais não cabe revelar a identidade), quando uma delas foi abordada por um rapaz assaz suspeito. Em seguida essa pessoa veio até mim e relatou que o rapaz fizera uma oferta interessante: tirou de um saco preto um aparelho de MP5, com a embalagem lacrada e o selo do supermercado com o preço R$599,00. Até aí tudo bem. Só se o infâme não estivesse pedindo cinquenta reais pelo MP5. A pessoa me questionou sobre deixar passar tão tentadora oferta. Ora bolas. Eu, também sem pestanejar, comentei que era melhor nós irmos ao supermercado, pegarmos um aparelho igual, sairmos impunes, e ainda sobrava cinquenta conto pra bater um rango.

É claro que, mais uma vez, fui vítima de agressões morais por causa disso.

Pois é. Não estou querendo consertar o mundo sozinho. Na verdade isso nunca passou pela minha cabeça. Mas também não vou contribuir pra que ele fique cada vez pior. Enfim. Quem quiser me criticar, que o faça! Mas o bicho tá pegando.

Durma-se com um barulho desse!




sábado, 21 de junho de 2008

Não é bem assim

Meus queridos.



A contrário das vezes anteriores, não me prorrogarei muito neste artigo.



É que num dia desses houve um interessantíssimo diálogo entre mim e minha simpática boadrasta. (sim, porque, ao contrário do que é de costume nesta classe, a esposa do meu pai é uma excelente pessoa)

Resumindo:

no tal diálogo, pôs-se em questão um dos seres mais detestáveis do planeta: os Críticos. Esta digníssima senhora a qual eu chamo carinhosamente de "tia", afirmou que essas pobres criaturas são profissionais que não obtiveram sucesso nas suas carreiras e por isso tenderam a opinar duramente sobre tudo e todos.

Pois muito bem. Nunca pensei que ia descordar dessa forma de uma coisa aparentemente tão óbvia. Acontece que não é bem assim. Os críticos são pessoas inteligentíssimas que perceberam que poderiam ganhar mais dinheiro falando(mal) sobre um determinado tema do que praticando-o. E se não tivessem competência ninguém os pagaria.

Eu, descaradamente, estou puxando a brasa pro meu lado, afinal de contas este blog imparcial, implacável e com opniões que baseiam-se em pesquisas abalizadíssimas, tem que caráter, senão o crítico??!!

Por hoje é só. Tenho dito.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Extra! Extra! A mídia enche-nos a paciência com assuntos repetitivos!*

Caros leitores.

É com profundo pesar que venho neste espaço exteriorizar meu descontentamento com certos fatos que vêm ocorrendo na capital baiana no decorrer das últimas semanas. Fatos estes que se dividem em ocorrências mal explicadas, repetidas e inaceitáveis. Sendo que todas elas estereotipam-se enrustidas ou semi-enrustidas pela nossa fantástica mídia local (para os maus entendedores, isso foi uma ironia).

Pois muito bem (eu adoro essa expressão). Há quase quarenta e oito horas, ao final do dia do feriado de Tiradentes, na estação "Transbordo" no Iguatemi, um sujeito não identificado (óbvio!), entrou no ônibus da linha Sussuarana R1-Comércio carregando sacos com latas contendo solvente e verniz e acomodou-se num acento ao fundo do coletivo. De repente fez-se o fogo dentro do ônibus seguido de uma explosão. Felizmente não houveram vítimas fatais, mas dois passageiros ainda estão no Hospital Geral do Estado com queimaduras em quase 70% dos corpos. Bem. Esse "acidente" aconteceu anteontem, entretanto a nossa "fantástica mídia local" já nos fez o favor de semi-esquecer. Ou algum de vocês sabe como começou o fogo? E alguém sabe o nome de alguma das vítimas? É. Eu sei que muitos de vocês nem sabiam que a linha do ônibus era Sussuarana R1-Comércio, e que, diga-se de passagem, me serve para ir trabalhar.

Ocorrência nº 2: Ontem, por volta das 19:00 horas, famosa "hora do rush", um garoto CAIU DE UM PRÉDIO na Avenida Carlos Gomes, no centro da cidade. Soa meio familiar, não?! É. Poderia soar meio familiar se soubéssemos quem são os pais do garoto, os irmãos, o nome do prédio, aonde exatamente ele caiu, se ele morreu ou não, se tinham marcas no corpo ou não, se vizinhos viram algo, como era a relação dele com os pais, ou ao menos, o nome do garoto. Na verdade eu só tomei conhecimento desse fato porque o jornal BATV, da TV Bahia, noticiou que "o trânsito no local estava lento em função de um garoto que caiu de um prédio". Infelizmente nem eu e nem os jornais temos mais nada a dizer sobre isso por falta de informações sobre o caso. Chato isso, né?!

Ocorrência nº 3: Na semana passada uma menina morreu. Não! Não é de Isabela que eu estou falando! Mas eu explico. Para quem não sabe, os nossos heróis da Polícia Militar (isso não foi irônico, juro!), iniciaram há algum tempo, uma operação "secreta" para desativar as bocas de fumo da cidade. Até aí, tudo bem. O problema é que a última tentativa, no bairro de Itapuã, nas mediações de Nova Brasília, foi feita durante o dia (entre 10 e 11 da manhã), e os mocinhos trocaram tiros com os bandidos. Uma menina, que eu também não sei o nome, voltava da escola quando recebeu uma bala "perdida" na cabeça e morreu. No mesmo dia, durante a tarde, os moradores desse grande e famoso bairro soteropolitano fizeram uma considerável passeata protestando contra o triste acontecimento. Mais uma vez, noticiou-se rapidamente em alguns poucos jornais e.... pufff....o que houve mesmo?? Certo. Falando sério. A mídia baiana só pode estar sofrendo algum tipo de Alzheimer hiperavançado. Aliás. A mídia nacional. Já fazem quase dois meses que todos os noticiários falam do mesmo assunto.

É incrível como a falta de algum "interesse especial" de terceiros faz com que notícias supostamente importantíssimas tenham a ênfase de matérias frias. (matérias frias, para quem não sabe, são matérias tão sem importância que podem ser publicadas 20 anos depois da sua autoria)Mas e aí? Quem você acha que matou a tal da menina? Já sei! Foi Lula! Ele mesmo. O Presidente da Repúbluca. Tudo é culpa dele mesmo. Se não foi ele, de uma coisa eu tenho certeza. Eu é que não fui.




* Artigo publicado por Kiko Albuquerque na quarta-feira, 23 de abril de 2008, no blog kikoquerque.skyrock.com

1, 2, 3, fim da linha pra vocês!

Há mais ou menos um ano, na capital baiana, cinco jovens rapazes resolveram se juntar para formar um conjunto musical. Apesar das diferenças de influência, eles não desistiram e ensaiaram bastante até conseguirem construir um repertório bom.

Dia após dia, ensaio após ensaio, andada após andada e discussões após discussões, fizeram sua primeira apresentação num curso pré-vestibular de renome na cidade. Correu tudo bem. A partir daí começaram a surgir oportunidades mais interessantes e também integrantes a mais no grupo. Iam acontecendo cada vez mais apresentações. Até que um dia houve a primeira substituição. Aquele fato soou estranho para os garotos, mas com o tempo se acostumaram com a idéia de caras novas na banda.

Daí pra frente foi só alegria! Começaram a tocar no tão sonhado Coliseu (casa de shows "famosa" de Salvador), e já tinham musicas próprias. Apareciam pessoas interessadas em ajudar o grupo a decolar de vez, ou citando-os como referência musical, ou pedindo telefones de contato para shows, e até querendo fazer sexo com alguns dos integrantes. Tudo parecia correr bem, apesar de alguns desentendimentos, conversas sérias, falta de capital, arranca-rabos e gente querendo passá-los para trás. Havia, inclusive, um disco pronto para ser lançado ao mundo (isso foi uma metáfora!).

Tudo resolvia-se num piscar de olhos só com a força de vontade e com o sentimento que já pulsava nos corações dos rapazes (isso foi outra metáfora!).Mas a vida, ah! Essa é uma caixinha de surpresas. E no mesmo piscar de olhos que tudo resolvia-se, tudo desandou. Aliás. Uma coisa desandou. Aliás. Tudo, mesmo! Um dos integrantes resolveu sair. Aí outro também. E outro. E outro. E então restava apenas pouco mais de 50% do conjunto.Como o que não tem remédio, remediado está (sábia frase da cultura popular), não houve saída senão interromper definitivamente aquele "sonho de cada dia". E, certamente, muitas pessoas (da banda ou não), não se esquecerão tão cedo daquele sonho.

Alguns ficaram e estão tristes. Outros nem tanto. Mas as piadas e as risadas acabaram. Os ensaios também. Os conselhos também. Os shows também. Os "poooooorra"s também. Os cartazes também. Os pré-convites também. As pessoas querendo fazer sexo também. O clima "yellow" também. Os luais também. As pausas pro cigarro também. Jircélia, Maria Célia, Elba, Zonaide, Maria, Girlene, Cláudia, Solange e Dona "Olda" também. Enfim. Acabou.

O Brasil ganhou um novo milionário! Yes!

Brasil, dia 25 de Março de 2008, terça-feira. Na cidade do Rio de Janeiro é declarado estado de calamidade em função de uma epidemia de dengue jamais ocorrida. Depois de um vazamento de petróleo catastrófico, de tantos visitantes assaltados, de tantos tiros "perdidos" e de ex-governantes corruptos apresentando programas religiosos na TV, os incautos cidadãos da cidade maravilhosa estão aterrorizados (ou, pelo menos, deveriam), com essa doença que, na verdade, é muito fácil de ser combatida. Com ajuda do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, o governo do Estado reforçou, na semana passada, o programa de combate à epidemia. Dentre as medidas de prevenção, está a visita dos agentes a todas as residências para fiscalizar se os devidos cuidados estão sendo tomados.
Pois muito bem. Ontem foi anunciada e iniciada a primeira medida desesperada: invadir as casas as quais não haviam ninguém, aparentemente. Daí vem a razão do título desse artigo. Hoje, em entrevista ao jornal Bom dia Brasil, da TV Globo, uma cidadã declarou que estava revoltada com a nova medida do governo e não estava em casa na hora da visita dos fiscais porque foi à casa de um amigo assistir à final do BBB 8. (Detalhe: os agentes notificaram a casa dela como extremamente propícia à proliferação do mosquito.) É claro! Eu, humilde estudante de publicidade e propaganda, não tenho nada a ver com isso. Até porque é perfeitamente compreensível que uma cidade do porte do Rio de Janeiro esteja sucumbindo em mais um probleminha. Mas e daí?! Temos um novo milionário! Vamos festejar! O jovem Rafinha faturou essa bolada depois de um empate apertadíssimo com Gysele, sua companheira de confinamento. O mais revoltante é que essa camarada(a da entrevista), por não tomar cuidado com sua própria casa, torna maior a possibilidade dos seu vizinhos de contraírem esse “probleminha”. Isso vai dar em morte! (Há! Entendeu?!). No Rio, já houveram alguns casos de falecimento por dengue notificados.
Tem nada não. Hoje a noite eu vou saciar meu ócio. Enquanto isso, lá em casa um monte de mosquitinhos bem pequenininhos tomam conta do pedaço. Nada que não se resolva com umas borrifadas de Baygon. Pra variar.